Um dos desafios mais importantes relacionados ao tratamento da dependência do trabalho é a negação e a resistência à busca por tratamento por parte daqueles que podem precisar. No geral, a maioria dos indivíduos viciados não reconhece seu problema ou procura ajuda; no entanto, os clínicos argumentam que esse problema é ainda mais pronunciado entre os viciados em trabalho, pois seu comportamento é apoiado pelo alto valor atribuído ao trabalho árduo nas sociedades industrializadas. 

Um estudo comparar as percepções entre os casais mostrou que menos de 50% de indivíduos identificados como viciados em trabalho por parceiros se autoidentificaram como viciados em trabalho.

Uma análise quantitativa de conteúdo da frequência de diferentes fontes empregadas em artigos em jornais diários da Finlândia, Itália e Polônia dos anos de 1991, 1998 e 2011 mostrou que em média, o vício em trabalho foi mencionado cerca de 12 vezes menos do que o vício em álcool. Em média, foi citado em 3.33% dos artigos, em comparação a 39,9% dos artigos que mencionam o alcoolismo.

Estudos sobre amostras nacionalmente representativas da população em geral na Polônia mostraram que o vício em trabalho é considerado um vício consideravelmente menos sério e perigoso do que o vício em álcool, drogas, cigarros ou jogos de azar. Os participantes foram questionados sobre suas opiniões sobre vícios específicos. Eles os classificaram em uma escala de 1 “hábito inofensivo” a 10 “vício com risco de vida”. A pontuação da dependência do trabalho foi em média de cerca de 6, enquanto a dependência de álcool e drogas teve pontuações médias acima de 9. No entanto, uma tendência clara de reconhecimento lentamente crescente dos perigos relacionados à dependência do trabalho também pode ser absorvida. Em cada amostra consecutiva, o vício em trabalho foi classificado como mais alto. De 5,8 em 2011, 6,0 em 2015 para 6,2 em 2019. Essa tendência não estava presente para outros vícios comportamentais, como internet, jogos de azar ou vício em compras.